O Alexandre colocou um DVD de vídeo da banda de um amigo dele, que estava lá com a gente, e ficamos assistindo. Ele dormiu antes de terminar, como Nathalia e Anne, que também dormiram. Eu, Nathy e Isah ficamos acordadas. Quando o vídeo terminou, todos já estavam dormindo, menos eu e Isah. Colocamos o cabo da televisão novamente e procuramos um bom filme para assistir.
- Já está amanhecendo! – falou Isah.
- Oh, mágico! – falei, debochando.
- Não quis mostrar surpresa, e sim susto.
- Ah tá, desculpa – continuei rindo.
- Vamos ver o que tem pra comer?
- Claro, adoro abrir a geladeira na casa das pessoas às 5:30 da manhã!
- Ah, faz silêncio e vamos logo, só cuidado pra não pisar na cabeça desse menino dormindo no chão.
Fomos até a cozinha, abrimos os armário e as geladeiras, após a fuga, estávamos sentadas na mesa da cozinha comendo sanduíche e bebendo suco de morango. Ouvimos outro celular tocar, com um toque romântico. Pegamos o celular que estava jogado em cima do sofá. “Amor” era o nome da pessoa que estava no misterioso celular.
- Tá, eu não sei de quem é o celular nem quem é o Amor, será que é a Pri? – perguntou Isah.
- Acho melhor acordar o xandão e perguntar pra ele.
- Tá bom, vamos lá.
Quando estávamos chegando na sala, o celular parou de tocar.
- Deixa em cima do sofá, se tocar novamente ele vai acordar.
Foi o que fizemos. Mas o celular não tocou.
- Estou preocupada com a Priscila. – disse Isah.
- Calma, ela falou que vai voltar antes das 7h.
- Ah, não sei não.
- Quer esperar ela lá fora? Já está claro, aproveitamos e podemos ficar ouvindo os passarinhos cantarem.
- Não tem nenhum passarinho cantando.
- Dá pra você entrar no clima? – falei, rindo.
- Desculpa senhora escritora de conto de fadas, vamos lá conversar com os esquilos.
Depois de quase engasgar com o suco de tanto rir, fomos lá pra fora. A cidade é muito bonitinha, super calma, nem sei por que ficamos com medo de ir para casa de madrugada.
- Será que vai passar algum vizinho bonitinho?
- Acho difícil.
- Por quê?
- Não sei, será que é porque são 6h da manhã? Ah, acho que é.
- Você tem problemas.
- Eu?
- Quem mais seria?
Ficamos alguns minutos discutindo quem tinha problemas ou não. Acho que o sono mexe com a nossa cabeça.